segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vida de Isopor



Esses homenzinhos tão engraçados
Vendo-os andando tão apressados,
Até parece que o sexo está inoculado em seu corpo.
O sexo passa despercebido!
Quando dá para perceber que possuem,
Mais parece um rótulo de vendas!
Se agrupam e se denominam sociedade,
Se dizem civilizados,
E ainda quando tudo parece quieto, calado,
O barulho acompanha essa percepção como um pano de fundo.

E as suas ideologias? Ah! Essa sim, talvez seja o mais interessante nisso tudo!
Ora pode-se usá-las para um enredo de comedia,
Ora para seria descrito como terror,alguns episódios.
Para mim seria descrito como suspense,
Devido ao estado de pânico em que vejo as pessoas nas ruas.
Mas nunca, jamais poderia ser descrito como um romance,
Mas talvez, em sua hora mais hipócrita, poderíamos assisti-la e achar que é um drama!

Ah cidade!
Você me assusta com seu controle!
Com tantas instituições!A democracia cria instituições para dar uma idéia de liberdade
A liberdade de sair de uma instituição e entrar noutra!
Seu controle as vezes é tão desorquestrado,
Que de dia me ocupa sem ter nada interessante para fazer
Com as labutas necessárias para ser um corpo vivo.

Qualquer coisa parece monótona perto do desespero de suas fabricas.
Fábrica que produz homens, mulheres, réplicas e caricaturas
Personagens no qual, Proudhon chamaria de controladores.
Produz Observadores leigos que ainda não aprenderam a observar.
Assim acabam sendo observados por pessoas desgovernadas.
Mesmo eu sendo por vocês observado, controlado e rotulado,
Eu não deixo de observar suas falhas... deslizes da sanidade por mim notado.
Mesmo sendo tão diferentes essas pessoas com vida de isopor,
Parecem ser tão iguais.

Estou na condição de : de dia ser a maquina que produz cidadãos (na escola)
E de noite me contradigo com tudo que faço durante o dia
É como se eu estivesse auxiliando a fábrica, mas não faço parte dela.

(Luana Joplin)