quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Entre o Olho e a Vitrine.
A lente

Percebo todos os dias que a felicidade é a realização da potência de uma ato, e que esse ato não está relacionado a aquisição de objetos, e sim de aquiescência de conceitos e conhecimento. A realização desses atos está mais direcionado a necessidade de prazeres do que de política e altruísmo.”
(Luana Joplin)



O homem é uma animal político Prof Aristóteles?
O que me diz da necessidade do homem de não privar-se de prazer nenhum, de vontade alguma, e de rebelar-se a partir de uma dança, onde o corpo,é a gênesis de sua liberdade? O Homem é um animal que está mais para o consumo do que para as suas ideias políticas.
 Hoje, após uma linda aquisição, senti vontade de escrever uma crônica, sobre cenas cotidianas. Não sei quando e nem como iniciar, porém posso relatar aqui um pedaço do que vi, senti, e não poderei deixar escapar, as ideias que processei.
Diante do tumulto cotidiano,  traduzida e considerada por mim como uma odisséia, posso dizer que, uma das coisas que mais passa pela psiqué de qualquer indivíduo que  se depara com vitrines, seja elas virtuais ou nas ruas, o “desejo” é um dos principais requisitos de nosso consciente, inconsciente e subconsciente. As lojas, e o nosso cartão de crédito, são o nosso SPA psíquico, é o que, podemos chamar de válvula de escape, para fugirmos da loucura. Sofrer, desejar e comprar, é uma seqüência onde envolve um prazer contínuo, quase um orgasmo social.
Lembro-me de ouvir tantas vezes frases com expressões promíscuas, intelectuais e populares definindo o prazer. Frases como: “Nada é mais gostoso do que um cigarro depois do sexo”, “ Nada me dá mais prazer do que ler um bom livro, e discutir sobre ele com um bom café”,  “ Nada é mais gostoso do que beber com os amigos, e falar bobagens”. É. Na qualidade de pesquisadora digo que, já experimentei muitas formas de prazer, mesmo por que, sentir prazer é a chave para continuarmos em ação, é a chave da caixa de pandora.
Tudo envolve prazer; comer, beber, conversar, sair, conhecer, viajar, interagir, comprar.... Ah, comprar! O mundo virou uma farmácia da felicidade. A situação mais extravagante do meu dia, hoje, foi ouvir de uma vendedora de uma ótica, o discurso encantador, e, se permitem-me dizer, pude considerar um “marketing poético”, haja vista que, durante uma conversa longa, enquanto ela me mostrava os produtos, ela soube que eu era professora, e conheceu um pouco do que eu gostava.  Bem, com tanta sedução, fui persuadida, e fui me deixando seduzir por todo aquele mundo, que envolve linguagem, beleza, sensualidade, finèsse e personalitè.
Como uma pesquisadora sobre o fenômeno do consumo na contemporaneidade, que lê sobre várias técnicas, pela qual o mercado consumidor utiliza, conheço todas as armas de sedução do marketing, conheço a sua roupagem apetitosa, suas práticas discursivas sedutoras e ambiciosas, e o efeito psíquico e social que ela causa nas pessoas, a curto e a longo prazo. Sendo assim, voltei para casa.Tentei me esconder na barras das calças de Lipovetisky, e escutei todo o seu deboche diante da minha fragilidade, diante da força que aquele discurso sobre os óculos teve em mim. Não foi cômico. 
Como qualquer indivíduo, precisei de uma válvula de escape, e como estamos falando aqui de prazer, pensei em algo que não fosse tão “consumista”; Uma barra de chocolate suíço, um Vinho Chileno, ou seria melhor uma sobremesa simples na lanchonete aqui do lado de casa, um Petit  Gateau? O desejo pelo consumo persegue. Pensei que, talvez, Doutor Freud estivesse certo em relação aos seus escritos, precisei de uma válvula de escape.  Sexo selvagem? Talvez me faria esquecer como seria gostoso ver o mundo através das lentes daqueles óculos exposto na vitrine. Como disse o vendedor; “ Ela foi feito para o tipo de rosto como o seu, quadrado, com queixo fino.” Se ela tinha razão eu não sei, mas o discurso de personificação do produto, fez com que eu me visse com ele, vivendo, amando, correndo, comprando, sendo. Pensei que, ficou mais difícil resistir a esses tipos de discursos depois que as estratégias de marketing investiram na personificação dos produtos... “Vejo que muitas coisas que estão no mercado foram feitas para mim, pensando em mim”. Eu e um milhão de pessoas como eu.
Comi o chocolate, bebi o vinho, fiz sexo selvagem e me deliciei com o Petit Gateau.... O prazer estava estampado em todas as minhas expressões faciais, em todos os verbetes e situações que me apresentaram naquela noite.
No dia seguinte, mal pude esperar para sair, dar uma volta e ver o dia, sentir o vento e tomar um sol ( sem óculos, pensei), mas andando sem rumo, para sentir a cidade,  sem querer os meus passos se encontraram com aquela vitrine, como se houvesse algo, do tipo a força motriz do “Tao”, que conspirava para a minha união e a do óculos. Desta vez, fui pega de “surpresa”, o sol, o vento, o dia, a vibe de uma seção prazerosa, me fragilizou, e não resisti mais uma vez aos discursos armados e bem vestidos da vendedora, que me disse, após eu pegar o meu cartão de crédito; ”É todo seu, experimente ver o mundo através das lentes de um Vogue”.

                                                                       Luana joplin


Por Cecília de Castro Algayer ( Minha aluna do 1º ano do Ensino Médio da Escola Ulbra- Concordia. Essa foi uma crònica elaborada a partir de uma atividade proposta em sala de aula. Aproveitem o texto, e boa Leitura!

É pedir demais querer que eu dê um título a isso


Debruçada sobre o caderno, ouço um tic-tac irritante. Assustada, pergunto-me quando foi que o meu celular começou a fazer esse barulho, até ver o relógio de pulso sobre a escrivaninha. Reviro os olhos para mim mesma. Não tenho andado bem esses dias.
Acabo erguendo os olhos, previamente revirados, na direção do relógio Mickey Mouse. Repreendendo Alice mentalmente por deixar suas coisas esparramadas pela casa, acabo me lembrando de que estou na escrivaninha dela. Ela tem todo o direito de entupi-la com suas tranqueiras. Suspiro.
Levanto-me, olho pela janela, me jogo na cadeira. Empurro-me sobre suas rodinhas até a cozinha, numa letargia pesada. Abro a geladeira. Mas só há comida, e eu sinto que, no meu caso, o mais adequado seria engolir um dicionário.
Por que é tão difícil? Certamente não era ontem; eu havia chegado a escrever razoavelmente bem na noite anterior. Volto cabisbaixa para a escrivaninha. Devo estar doente. O temível bloqueio criativo chegou? Oh deuses, não, não. Eu não mereço isso agora, meu livro estava indo tão bem. Percebo que estou riscando com a caneta um Garfield de plástico.
Será que, sem escrever, me tornarei tão vazia como ele? O reviro em minhas mãos, tentando tirar os riscos esfregando meu polegar nos rabiscos, mas só conseguindo espalhar a tinta. O aperto. Ele é de plástico, mas oco, e o ar sai por um buraquinho.
Esse sou eu? Apertando-me de concentração para escrever o que foi pedido e conseguindo apenas isso, nada? Ar? Largo o Garfield na mesa, e o encaro. Ele está com os braços cruzados e as pálpebras caídas, numa autoconfiança tediosa. Não gosto do modo como ele me encara.É quase uma zombaria face à minha incapacidade. Viro-o de costas.
Quase posso ouvi-lo rir.
Frustrada, apóio o rosto nas mãos e me pergunto se esse é o fundo do poço, ficar brava com seres inanimados. Viro o Garfield de volta para mim. Quando o encaro bem, ele nem parece estar olhando para mim. Seu olhar é vidrado – ou plastificado? – em um ponto que não sou eu. Levanto-o alto, sobre a minha cabeça, e nem assim ele parece olhar para mim. Confusa, coloco-o sobre a escrivaninha novamente.
Ele parece olhar para baixo, e eu sigo seu olhar.
A folha está, milagrosamente, cheia.
Essa folha.
Da tinha escorreu incoerência, eu bem sei, desde que eu nem havia me preocupado em pensar antes de riscar a folha. Leio algumas palavras, há erros e letras incompreensíveis.
Ergo os olhos para Garfield, e ele continua olhando para baixo. De alguma forma, entretanto, sua mensagem surge bem clara.
“Vê?”, ele parece dizer, com os braços cruzados, como se fosse o CEO da minha mente. “Não é sobre você.”
É sobre o quê, então? O que me faz escrever quando estou divagando? Por que quero escrever tudo o que penso, como quem tenta pegar, com as mãos em concha, cada gota de chuva?
Se isso não é sobre mim, não sei sobre o que é. Talvez todas as pessoas sejam assim. Talvez elas não saibam. Talvez haja uma deformação no meu cérebro, talvez haja uma usina nuclear lá dentro. Talvez seja perigoso conhecermos a nós mesmos tão bem a ponto de podermos ter certeza de que não há uma usina lá. Talvez seja melhor parar de pensar. Isso pode explodir um reator lá dentro. Talvez eu esteja morta e nem saiba. Talvez eu enxergue as cores de forma diferente dos outros. Talvez minha inteligência seja medida em Hertz. Talvez eu não seja inteligente. Talvez eu nem seja humana.
As linhas estão acabando.
Talvez não seja importante.
Conseguirei ter arrastado as palavras até o objetivo? A vermelhidão no dedo que apóia a caneta terá valido a pena?
Fecho os olhos e as palavras reverberam como um trovão. Está chovendo?
O corpo humano é regido pela mente, mas o que é a mente?
É uma usina que explode periodicamente, e depois descansa, como um dragão adormecido, para então voltar à ativa, tão violenta como antes.
As conseqüências e danos de várias usinas espalhadas pelos séculos ecoam pelo mundo, enquanto um Garfield de plástico sorri satisfatoriamente e um tic-tac irritante volta a ser percebido.

domingo, 10 de junho de 2012

Catarse, cacos, rendas e retalhos.







Há certas músicas, cheiros, momentos, comidas e cores que me lembram  vertigens, letargias, prazeres....as vezes tudo  tem gosto de passado... Todavia não era assim o passado quando tinha som de presente.
Eis ai, a inquietude de ser, não nos agradamos da beleza que temos, deformando assim a luz do espelho, transformando as cores dos cheiros, e comendo os momentos, como se esse fosse uma banquete descontente,  na esperança da sobremesa audaz, que nunca vem... Está posta a mesa, então...e demoramos para ver.
Desligarei a tomada do ventre sem pensar se pode haver mais embriaguez de vida, pois não comove senti-lo sendo o futuro oco, o passado gostoso, e o presente em branco,,,,,, escrevo, escrevo, escrevo...e não vejo o que produzo. Cegueira absurda! Não vejo o agora... Será que brilho tanto que não enxergo¿ Ou será q está tão escuro que nem noto¿ Várias fases vários túneis, capim, água... Ora pois bem, há dias que o banquete soa bem acomodado no meu quarto, no meu ombro... seu travesseiro é minha fadiga. E Vão abrindo a porta, vou passando, vou vivendo, vou entrando, vou saindo... nem vejo onde vai dar. Tem dia que não sei se entro pela garagem, ou pela cozinha, sei que de todas as portas que entro, nenhuma se parece com a porta da frente. Conhecimento, de que você me vale...conhecer a verdade não me inseri a nada mais,  neste rebanho, as hienas sorriem, as lebres correm, e o que fazem os ratos¿..... comem o resto dos porcos.
Hoje meu vinho virou água... meu sutiã perderam as rendas, meu ventre é um retalho, minhas pernas já não abrem, meus braço já não suspiram, minha boca já não tem mais gosto. De que vale tanto corpo, tanta fugacidade, se a beleza fica trancada, atrás do espelho, e o único som que soa como música é o pigarro, a tosse sedenta de prazer. Não parece familiar ver Dionísio, sua boca já não cheira uva, seu corpo é só poeira, e as noites não tem mais luzes. Levanto o clamor de bandeira.... ai está meu afago, Manoel! Vou-me embora, este corpo já não tem mais graça, essa minha boca já não mais combina com meu batom. As pessoas não olham mais com os mesmos olhos, tudo parece opaco. Será que aqui em minha civilização, tudo andava enquanto eu dormia, e quando acordei todos decidiram que o brilho seria démodé¿ Vou seguir seu conselho Manoel:“Em Pasárgada tem tudo, É outra civilização”.

Luana Joplin

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sessão de psicoterapia com Dr. Quaresma.


Momento "EgORGASMO", Consumo é foda!É como fazer amor consigo mesmo. É dar prazer fácil e fútil, e o melhor de tudo é que vc não se decepciona pq o cheiro de coisa nova te leva AO NIRVANA. Como pude chegar a tal distopia? As violências psíquicas da publicidade com suas cores, seus cheiros, seus sabores, suas texturas dizendo para mim com a voz doce, como se fosse um mantra, "Me compre! Me use! Me pague!"... O que posso fazer? Sou fraca... onde menos me exercito, sou fraca. Sou artesã da minha própria felicidade, e acho que não tem nada de mais usar pedras industrializadas em "trampo de bicho grilo". Sueli Rolnik é super Fasion! Marcia Tiburi então, nem se fala! è GNT chic Total! Pq eu vou ter que me aderir à camisetas de congresso, sandálias franciscanas, bolsa de simpósio só pq o estereótipo maluco beleza é assim? Falou! Deus me livre de ser igual a qqr um, de qqr tribo. Sou aquele papelzinho que embrulhamos sementes de romã no ano novo, tdo ano um papel novo, com sementes novas. Agradeço ao meu carteiro que sempre me traz ideias novas, entregue em mãos! Mas os d remetentes das ideias economizam demais Doutor; Se as ideias chegassem de SEDEX seria tudo mais fácil, ágil.... Não creio que seja futilidade.Alguém topa fazer um grupo de apoio?... Não sei...acho q lá agente vai poder falar sobre o que quiser, confessar o que quiser, sem ninguém julgar ninguém...até pq todos serão muito contraditórios, tristes-felizes, certo-errado, puta-santa, estranho-comum, gordo-magro.... E por ser contraditório ninguém vai poder ter rótulo.... as paredes do nosso grupo serão revestidas de espelho. NOssa água será vazia de lorotas, nosso lanche será farto de anedotas. ESTÁ TDO MUNDO DOENTE AQUI! Foi o diagnóstico do Dr. Quaresma... NO sábado de Aleluia vamos todos para a mesa de cirurgia, TODOS! SEM Exceção! E ai daqueles que perderem os limites dos bolsos, das falas e das vistas...Será canonizado por ser o Maior dos infames! Palmas!!!! Palmas!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Odisséia Urbana

Fim do dia... O tempo está passando, e a minha psiqué no forno....queimando como brasa. O tempo está me engolindo com mostarda, e azeite do bom. O tempo anda me temperando com sementes amargas, e me atolando de chimichurri, mel nas bordas e me cozinhando no forno de 280 graus.... A vida está me ensinando que o que as pessoas falam ela não entendem por que, muitas querem ferir, muitas falam pq não tem o q dizer. A vida está me delirando, pq me dá respostas sem perguntas? A vida gosta de me delirar...sim eu sei, ela me transforma nas fases da Lua, e eu vou me ganhando a medida q vou me perdendo. A vida vai caminhando, e com ela minha bagagem invisível incomoda aqueles q nada tem para contar, nada tem para expressar... mas a invisibilidade da minha bagagem é a minha força... Experiência. A vida vai me domando, pq o preconceito dos outros tem flechas, e são como porco espinho, sempre q se sentem ameaçados lançam espinhos para ferir aqueles q tem muito a ensinar.... Mas esse preconceito pontiagudo afasta... A vida está me mostrando q não há limites quando se quer ser feliz.... de um jeito ou de outro, o caminho é lindo, seja com estradas rugosas, ásperas, escorregadias.... mas que não seja em estradas sem aventuras, vazias de conhecimento, esforço e aprendizado. Ainda preciso aprender com a vida a me calar... ,MAS AINDA É CEDO! Qndo eu não tiver nada a dizer deve ser pq estou ocupada lendo, sorrindo, brincando ou aprendendo... Não vou parar... Minha Odisséia.

Por Luana Joplin

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

As Sonâmbulas


Na cidade onde nasci, viviam uma mulher e sua filha; e ambas eram sonâmbulas.
   Uma noite, quando o silêncio envolvia o mundo, a mulher e a filha, caminhando a dormir, encontraram-se no seu jardim, meio velado pela neblina.
   E a mãe falou: "Por fim, minha inimiga! Aquela  por quem minha juventude foi destroçada, que construiu sua vida sobre as ruínas da minha! Pudesse eu matá-la."
   E a filha falou: "Ó odiosa mulher, velha e egoísta, que se antepõe entre mim e meu Eu livre! Que gostaria de fazer de minha vida um eco de sua vida fanada! Quem dera estivesses morta!"
   Nesse momento, um galo cantou, e ambas as mulheres acordaram. A mãe perguntou ternamente: "És tu, querida?" E a filha respondeu ternamente: "Sim, querida."


Khalil Gibran

Livro; O Louco

Acho esse texto do Khalil Gibran Psicanálise pura... O inconsciente nos condena, por isso concordo com o psicanalista Slavoj Zyzek, em q o inconsciente não deve sair de onde ele está... Mas não conseguimos conter as vezes.... ELE fala alto demais, e o som ecoa pela boca e feri o nosso espelho. Somos fantoches do inconsciente, especialmente pelo fato d q o nosso consciente  castra nossa libido.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A Luz e a Escuridão...

A escuridão e a luz.
Partícula da explosão sideral que resultou a vida. Energia que se fez célula; célula que evoluiu.. blástula, embrião. A rosa que encarou o vento de frente. O girassol que se negou ao sol, em relutância, desafio e luta por cada dia de vida. O caos primitivo. O mamute bravo que combateu por seu marfim e, mesmo assim, sucumbiu. O lobo cinzento que corre pela planície gelada e uiva para a lua. O guerreiro maior que morreu defendendo seu clã e sua tribo. O lutador da arena e seu olhar turvo de sangue. O mensageiro do rei e o receio da morte. A princesa, a plebéia, a rainha. O cavaleiro de armadura reluzente servo do senhor dono do feudo. A feiticeira que ardeu na fogueira. O xamã indígena respeitado e temido por ser sábio.. enigmático, tenebroso. O caubói que domou cavalos. O cavalo preto que habita o coração dos fortes. A donzela encantada pelo caubói. A cigana fugidia. A lei. A soma. A disparidade. A inocência. A igualdade. A orgia. A quietude. A glória. O desejo. A dor da opressão. A saudade tenaz. A coragem. A lady inglesa que chorou na estréia de Shakespeare. A camponesa francesa que riu com Molière. O cientista que odiou a bomba atômica e chorou diante de todas as vacinas. A cura. A rebelião. A mansidão. O remanso perene e azul. A torrente cachoeira. O fogo. A ventania. A paixão. A tempestade. O pôr-do-sol. Criador e criatura. Pássaro e avião. O conflito. A lucidez. As correntes, rochas e maré. O luar onde tem mar. A noite sem luar. A mata verde-escura, tão densa que ultraja a luz solar. Os sete pecados. Os incontáveis perdões. O ente que escreve para não enlouquecer. O ser já alucinado com a escrita. Filha de Marte. A fuga do domínio. A peleja. O impulso espontâneo e arremetido. A impetuosidade cristalina, fulgurante. O entoante canto da sereia; a sereia na água. O feminino misterioso da deusa; o feminino indomado da amazona, e o que surge voluntarioso por baixo da burca. A nudez pura. A flor. O entusiasmo. A malícia. O caráter independente. O senso de justiça. As letras vermelhas. As de giz. As letras no muro e no papel. Todas as letras. O juízo apressado. A aventura. A cicatriz na face de quem é simbolizado por um carneiro. As ervas de força e luz. A força vital. O ópio dos poetas. As entidades. O alvorecer do mundo. Os seres encantados. A negação à utopia regada a sonhos constantes. A fera ferida e sanada. O anjo. O algoz. Todos os demônios. O sagrado e o profano. O tropeço. A impaciência. A incompreensão diante da inveja - não inveje nunca!, construa!, realize!. A crença em três deuses, o tempo, o destino e o infinito. O infinito próprio, aturdido e incauto. O destino esperançoso. O tempo senhor de tudo, demasiado. As horas. O virar da esquina. O sair de casa. O chegar da carta, o ler a carta. O conhecer a verdade. O querer a mentira. O viver o resultado. As estrelas no céu do Norte, na terra do sol. O amigo e o inimigo, sendo este último franco. Captação, aglutinação, deglutição e antropofagia de tudo que é Afra e Ernesto. O amor incontido dos dois e o meu. O amor compartilhado dos outros. Os irmãos. Habitante de Vênus. O calor do aquecimento. O susto da constatação. O se encontrar e se perder no caminho. O alcançar a trilha, o sair do rumo.
E serei.. o futuro, o presente e o passado.. inquilina de planetas recém descobertos. A preservação. A busca incessante do natural; oxigênio e água. A necessidade. O desperdício do terceiro olho. O aproveitamento do inanimado calcário, o barro e a terra. As idades da pedra, da nuvem e da flor. Uma única flor, a flor do zero no holocausto. O arrependimento tardio. A transmutação orgânica. A inevitável transformação. A lembrança perdida. A extinção anunciada. O andróide que chora, sente e sonha. A música já não ouvida. A voz muda. O inseto pós-apocalíptico, a proteína. O raso e profundo lago. A explosão. A poeira cósmica no fim dos tempos.
A luz e a escuridão... Poesia do Amigo Mic Mic.

A Luz e a Escuridão...

A escuridão e a luz.
Partícula da explosão sideral que resultou a vida. Energia que se fez célula; célula que evoluiu.. blástula, embrião. A rosa que encarou o vento de frente. O girassol que se negou ao sol, em relutância, desafio e luta por cada dia de vida. O caos primitivo. O mamute bravo que combateu por seu marfim e, mesmo assim, sucumbiu. O lobo cinzento que corre pela planície gelada e uiva para a lua. O guerreiro maior que morreu defendendo seu clã e sua tribo. O lutador da arena e seu olhar turvo de sangue. O mensageiro do rei e o receio da morte. A princesa, a plebéia, a rainha. O cavaleiro de armadura reluzente servo do senhor dono do feudo. A feiticeira que ardeu na fogueira. O xamã indígena respeitado e temido por ser sábio.. enigmático, tenebroso. O caubói que domou cavalos. O cavalo preto que habita o coração dos fortes. A donzela encantada pelo caubói. A cigana fugidia. A lei. A soma. A disparidade. A inocência. A igualdade. A orgia. A quietude. A glória. O desejo. A dor da opressão. A saudade tenaz. A coragem. A lady inglesa que chorou na estréia de Shakespeare. A camponesa francesa que riu com Molière. O cientista que odiou a bomba atômica e chorou diante de todas as vacinas. A cura. A rebelião. A mansidão. O remanso perene e azul. A torrente cachoeira. O fogo. A ventania. A paixão. A tempestade. O pôr-do-sol. Criador e criatura. Pássaro e avião. O conflito. A lucidez. As correntes, rochas e maré. O luar onde tem mar. A noite sem luar. A mata verde-escura, tão densa que ultraja a luz solar. Os sete pecados. Os incontáveis perdões. O ente que escreve para não enlouquecer. O ser já alucinado com a escrita. Filha de Marte. A fuga do domínio. A peleja. O impulso espontâneo e arremetido. A impetuosidade cristalina, fulgurante. O entoante canto da sereia; a sereia na água. O feminino misterioso da deusa; o feminino indomado da amazona, e o que surge voluntarioso por baixo da burca. A nudez pura. A flor. O entusiasmo. A malícia. O caráter independente. O senso de justiça. As letras vermelhas. As de giz. As letras no muro e no papel. Todas as letras. O juízo apressado. A aventura. A cicatriz na face de quem é simbolizado por um carneiro. As ervas de força e luz. A força vital. O ópio dos poetas. As entidades. O alvorecer do mundo. Os seres encantados. A negação à utopia regada a sonhos constantes. A fera ferida e sanada. O anjo. O algoz. Todos os demônios. O sagrado e o profano. O tropeço. A impaciência. A incompreensão diante da inveja - não inveje nunca!, construa!, realize!. A crença em três deuses, o tempo, o destino e o infinito. O infinito próprio, aturdido e incauto. O destino esperançoso. O tempo senhor de tudo, demasiado. As horas. O virar da esquina. O sair de casa. O chegar da carta, o ler a carta. O conhecer a verdade. O querer a mentira. O viver o resultado. As estrelas no céu do Norte, na terra do sol. O amigo e o inimigo, sendo este último franco. Captação, aglutinação, deglutição e antropofagia de tudo que é Afra e Ernesto. O amor incontido dos dois e o meu. O amor compartilhado dos outros. Os irmãos. Habitante de Vênus. O calor do aquecimento. O susto da constatação. O se encontrar e se perder no caminho. O alcançar a trilha, o sair do rumo.
E serei.. o futuro, o presente e o passado.. inquilina de planetas recém descobertos. A preservação. A busca incessante do natural; oxigênio e água. A necessidade. O desperdício do terceiro olho. O aproveitamento do inanimado calcário, o barro e a terra. As idades da pedra, da nuvem e da flor. Uma única flor, a flor do zero no holocausto. O arrependimento tardio. A transmutação orgânica. A inevitável transformação. A lembrança perdida. A extinção anunciada. O andróide que chora, sente e sonha. A música já não ouvida. A voz muda. O inseto pós-apocalíptico, a proteína. O raso e profundo lago. A explosão. A poeira cósmica no fim dos tempos.
A luz e a escuridão... Poesia do Amigo Mic Mic.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ano gozo; Apaixonar pelo Eu real e pelo eu Ideal...

Um ano q se inicia traz na bolsa vazia, expectativas invisíveis para um sonhador q tudo vê naquilo q por si só precisa ainda ser inventado.Dois mil e Doze, doce pára os poetas, com noites azedas, amargas, cítricas, mas doce....por q a dor revela poesia, bem como a felicidade... se no fim for poético eu digo SIM para todas as emoçõespq sei q há ,muitas sensações e muitos gostos q não vivi, mas hei de vivê-los.Apaixonar por mim mesma todos os dias é uma das minhas facetas para este ano.Inventarei, compartilharei e tentarei ser todas as mulheres que eu puder ser.Faço tudo pelo prazer, e pela bagagem que as experiencias me trazem. esse é ano para mim....é o ano que pede q eu escreva.