quinta-feira, 23 de junho de 2011

Quando a palavra não dá conta...

Algo parece ter se quebrado, partido, algo já frágil, parece ter sido fraturado, e  esta sensação de inundamento que me assola todos os sentidos, me deixando confuso e perdido. Algo em mim parece ter naufragado, Posso secar, posso não dar mais conta de segurar essa enxurrada, de onde vem tudo isso, desconhecia-me. Não sabia ou não queria dar-me conta de que tudo foi e vai para algum lugar, de que sou um oceano inteiro a ponto de estourar. Não sabia que podia me afogar em mim mesmo. Não sabia, não sabia. O que segurava esse mar-adentro também me segurava mar-afora,  o que mantinha o tampão no seu lugar ?,  qual seu lugar ? Lá estou eu, La posso estar, mais do que aqui, nesse deserto, nesse silencio que construiu paredes em mim, verdadeiras celas.  La onde esta o tampão, estou eu, mais do que aqui...porque eu, porque comigo? Porque assim, sem aviso, pelas costas, de surpresa?...

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